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Foto: Renan Olaz / CMRJ

Acusado da morte de Henry Borel, o vereador Dr. Jairinho foi indiciado em um segundo inquérito por torturar uma criança, filha de uma ex-amante do médico. A informação foi divulgada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta terça-feira (1º), após conclusão do inquérito feito pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV).



Segundo a polícia, na época do crime, a vítima tinha 3 anos de idade. A investigação, que durou meses, comprovou a tortura com base no boletim de atendimento médico, em documentos e depoimentos de testemunhas, da vítima e da irmã do menino. Os relatos apontam que a criança sofreu sufocamento com saco na cabeça e agressões no abdômen.

Além disso, o menino sofreu uma grave fratura no fêmur. De acordo com uma psicóloga do hospital em que a criança foi atendida, ela chorava e não queria entrar no carro com o vereador, e por isso, se acidentou.

Ademais, os médicos registraram que o menino tinha hematomas nas bochechas e assaduras nos glúteos, o que comprova outras agressões sofridas no mesmo dia.

Assim como Jairinho, a mãe do menino também foi indiciada por omissão e tortura. Os dois vão responder também por falsidade ideológica, por terem prestado informações falsas ao hospital. O casal alegou que a fratura e demais lesões teriam sido causadas por um “acidente automobilístico”, ou seja, passaram informação falsa para inclusão em documento público.

A mãe da vítima continuou vivendo em um imóvel que pertencia a Jairinho e não comunicou as torturas e agressões às autoridades, além de ter permitido que a criança saísse sozinha com o agressor em outro momento. A DCAV também investiga o vereador em outros inquéritos em andamento, com a possibilidade de haver mais vítimas.

Caso Henry

O menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, morreu no dia 8 de março no apartamento onde Jairinho e Monique Medeiros, mãe da criança, moravam na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Inicialmente, o caso foi tratado como um acidente, como se o menino tivesse caído da cama, mas perícias médicas constataram que a vítima havia sido vítima de agressões.

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